quarta-feira, 24 de junho de 2009

Desabafo contra a não obrigatoriedade do diploma

por Rodrigo Volponi

Acompanhei a vergonhosa decisão tomada por aqueles que não fazem jus à primeira letra da sigla atualmente mais proferida por todos do meio.

É com pesar que vejo a forma como futuros profissionais da área da comunicação, como nós, são vistos pelo mercado de trabalho. Acredito que estamos herdando um débito com juros provenientes de matérias, reportagens e documentários feitos no passado sem nenhum dos critérios ensinados nas faculdades.

Dizer que o jornalismo "não depende de um conhecimento técnico específico", como disse a advogada do Setersp, Dra. Taís Gasparian, é equivalente a dizer que meus últimos três anos de estudos e a atenção que dispensei às aulas de ética, legislação, oratória, radiojornalismo e redação foram apenas perda de tempo. E pior ainda: segundo o excelentíssimo presidente do STF e relator do caso, Gilmar Mendes, “a profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia...”. Concordar com isso é esquecer de todos os abusos e escândalos causados por péssimos profissionais da área. Acredito que um diploma não isenta as pessoas da falta de critério na hora da prática diária da profissão, mas é indiscutível que ética e legislação ocupam um espaço importantíssimo na minha formação profissional, após anos sendo “marteladas” por
professores aplicados.

No caso daqueles que trabalham diretamente com a notícia, ao contrário da matemática, a ordem dos fatores altera o produto e isso é vital para a transparência dos fatos.Interesses pessoais à parte, vão ser raros os “botânicos” que terão a mesma habilidade para escrever notícias do que um verdadeiro profissional da área, indo na contra-mão do que disse o Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Botânico, pelo que entendo é a fonte, o especialista no assunto, setor ou área, já o jornalista é o
profissional que consegue extrair o que é pertinente com poder de síntese e clareza por meio de técnicas de entrevista, pesquisas e oratória, de forma imparcial. Não é isso que é notícia?

Como lembrou sabiamente o advogado do Fenaj, João Roberto Fontes, a profissão já foi chamada de Quarto Poder da República, será que isso já não bastaria para se definir a questão de que poder sem
conhecimento específico pode ser uma arma muito perigosa?

Pelo menos de uma coisa eu tenho certeza, quando for contratar um profissional para meu escritório de comunicação com intuito de escrever um jornal, revista, matéria, reportagem ou uma simples newsletter, terá preferência aquele com o canudo escrito JORNALISTA.

É uma pena que daqui a alguns anos quando meu filho perguntar “o que era
faculdade de jornalismo, papai?”
, terei que responder, “filho, houve um tempo em
que pessoas estudavam para serem melhores profissionais e cidadãos, mas isso já
faz tempo...”

Rodrigo Volponi, pai e estudante da 6ª etapa de Comunicação
Social com especialização em Jornalismo das Faculdades Integradas Rio
Branco.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cobertura do prêmio Festcom

Meu colega Rômulo Ferreira e eu cobrimos o último evento da 9º semana da comunicação das FRB, e publicamos no Bog da Quinta a premiação do 1º Minuto Festcom.

Abaixo está a matéria, na íntegra.

Ganhadores do 1º Minuto Festcom



No último dia da 9º Semana de Comunicação das FRB foram apresentados os doze trabalhos que concorreram ao 1º Minuto Festcom, festival de criação e realização promovido pelas Faculdades. Os trabalhos foram elaborados por alunos dos cursos de Comunicação Social da 1ª à 8ª etapas dos períodos da manhã e noite. Os vídeos tinham duração máxima de 70 segundos e os participantes puderam escolher os temas.
A professora Eliana foi a responsável por apresentar os melhores trabalhos, escolhidos mediante votação dos alunos (júri popular) e professores (júri técnico). O vídeo chamado “Peladona do 1º andar” foi o mais votado pelos alunos, exibindo com humor a paquera de vizinhos de apartamentos. Os professores elegeram o vídeo “RoNaDo” que exibia seqüências de atitudes do jogador Ronaldo.


Durante a premiação também foram apresentados dois trabalhos de alunos formados no 2º semestre de 2008 pelas FRB, que passaram da 1ª fase do Expocom, realizada entre entidades de ensino superior do sudeste brasileiro, e que concorrerão na 2ª fase com faculdades de todo o país. O documentário ‘10 anos de Bicho de Pé – Escrevendo um vídeo, contando uma história’ desenvolvido pelo ex-aluno de Rádio e TV das Faculdades, Conrado Vidal, foi um dos eleitos. ‘Línguas do Brasil’, desenvolvido pelas ex-alunas de Rádio e Televisão Priscila Tuna e Maria Claudia Guaratto, também está concorrendo na categoria Programa Avulso de Áudio/Rádio. O programa abordava assuntos como o estrangeirismo, os sotaques, a reforma ortográfica e o modismo inseridos na Língua Portuguesa.




Veja mais: http://daquinta.wordpress.com/2009/05/15/premiacao-do-1%c2%ba-minuto-festcom/

Mulher a sociedade

por Juliana Lucas e Thays Paula


Mulheres que entregam o melhor de si em tudo que fazem



Estamos na época da mulher, e três grandes conquistas das mulheres no século XX vieram reforçar a tese: o direito ao voto, a autonomia em relação aos direitos civis e o ingresso massivo no mercado de trabalho.
Hoje em dia, o mundo externo além das paredes de casa é um novo espaço conquistado pelas mulheres que se dispõe a fazer a diferença na sociedade. O fato mais marcante foi o grande número de mulheres exercendo a função feminina no mercado de trabalho, a mulher está atingindo determinadas áreas em que antigamente eram consideradas funções exclusivas para os homens.



As mulheres têm conquistado e mantido seu espaço no competitivo mercado de trabalho com capacidade e responsabilidade. À exemplo disso a cirurgiã dentista Maria Crsitina Mengar, 35, optou por se dedicar ao mundo corporativo e ocupa hoje o cargo de diretora de relações externas da Intermédica Sistema de Saúde S/A. Em entrevista Maria Mengar disse que seu espaço é muito merecido, pois não envolve somente a capacidade profissional.

Realizo meu trabalho com bastante qualidade, sendo que sempre
alcancei meus objetivos com muito esforço, dedicação e, sobretudo fazendo o que
gosto
Maria Mengar


O sucesso almejado pelas profissionais não tende a ser parcial, ele só se dá por completo quando conseguem conciliar as atividades domésticas e a família com o campo profissional. Para isso, Maria Mengar diz que é necessário ter uma boa estrutura para administrar e dividir o tempo entre os afazeres domésticos, suprir as necessidaddes do filho e conciliar as atividades profissionais.


O tempo dedicado as trabalho fez com que ela percebesse que os momentos mais exporádicos vividos ao lado da família são preciosos. “Passei a valorizar mais a qualidade do tempo que disponho para ficar com o filho e familiares do que a quantidade de horas propriamente dita. Além disso, procuro sempre compensar com carinho e diálogo” explicou Mengar.
A dona de casa Tereza Braga, 47, se formou em pedagodia há quatro anos, já trabalhou em diversas áreas relacionadas à administração e teve como último emprego a coordenadoria de uma escola infantil de São Paulo. Trabalhava desde os 16 anos, e agora optou por abrir mão da vida profissional e pelo privilégio de acompanhar o amadurecimento dos filhos, usufruir dos bens que adquiriu com seu esforço ao longo de sua carreira e também se dedicar às suas vontades.


Além das conquistas atuais, as mulheres não abrem mão de objetivos maiores e mais novos que possam contribuir para o crescimento pessoal e profissional. A recente dona de casa Tereza nos disse que o seu mais novo objetivo é retomar os estudos além de não deixar as funções de uma mãe à desejar. “Isso é ótimo pois amplia os horizontes e me ajuda a conquistar ainda mais o meu espaço”.



“Sou uma mulher separada e independente, mas tenho casa, carro e tudo que preciso graças ao meu esforço” Tereza Braga


Ela diz que a sociedade enxerga as donas de casa como pessoas que não têm o que fazer além de atividades domésticas, entediadas, que são pessoas sem cultura e informação, mas afirma que seu tempo livre é empregado em estudos, lazeres e atividades voluntárias que beneficiam a própria sociedade. Isso é resultado de uma boa administração do tempo.
“Não me distanciei da sociedade, pelo contrário, estou fazendo ainda mais parte dela. Hoje posso realizar diversas atividades que me agradam e que ajudam a sociedade. Acho que agora tenho papel mais ativo” Tereza Braga




Para finalizar, Tereza deixou uma dica para as mulheres que têm vontade de se dedicarem mais à família e casa: “Vocês não precisam largar tudo. Façam um pouco de tudo, o quanto agüentarem, mas procure fazer tudo bem feito. Se perceber que não estão falhando em uma das atividades é hora de perceber que está precisando reduzir. Podemos adiar algumas coisas para fazermos outras com mais qualidade. Tudo exige dedicação, inclusive ser dona de casa”




Muitas outras matérias estarão disponível no site Facool